domingo, 5 de julho de 2009

Volkswagen Fusca 4 portas

Essa é a história de um restaurador de Pirassununga que criou uma versão quatro portas do Volkswagen Fusca e provou que é possível, sem muitas alterações, manter o estilo consagrado do besouro.



Oficialmente no Brasil, a Volkswagen fabricou somente três modelos quatro portas com a motorização a ar: O primeiro foi VW 1600 (mais conhecido como Zé do Caixão), lançado em 1968. Posteriormente ocorreu uma nova tentativa quando, em 1971, foi apresentada a versão quatro portas do fastback TL.

Logo em seguida surgiu a Brasília de quatro portas, inicialmente voltada para o mercado externo e só depois lançada no País.


Por vários motivos nenhum deles emplacou em vendas e, inclusive, existe quem diga que o responsável foi o próprio Fusca, que criou a cultura dos carros pequenos de duas portas no Brasil. Prova disso é que a Volkswagem, na década de 60, lançou uma famosa propaganda na qual, fazendo alusão aos rivais da Willys, os Renault Dauphine/Gordini, argumentava que “era preferível ter duas portas do que quatro portinholas”. Mas foi na cidade de Pirassununga, interior de São Paulo, que um Fusca 1966 acabou ganhando mais duas portas e veio mostrar como seria se, um dia, a VW optasse em oferecer um besouro tão diferente.Tal realização “artística” foi possível graças à união do médico carioca Paulo Panchorra e do restaurador de carros antigos Milton Wagner Ciola. A idéia de criar o Fusca quatro portas teve início em meados de 2006, quando Panchorra comprou um besouro e o enviou para Milton Ciola restaurá-lo. Este último já havia trabalhado para Panchorra anos antes, quando criou, a partir de outro Fusca, um modelo conversível. “Lembro que, quando ele chegou em minha oficina com o besouro, lancei a idéia de criar um modelo quatro portas. Minha intenção, como muitos, era a de fazer algo diferente com um carro tão versátil”, explicou o restaurador. O médico, que já aprovara o trabalho de transformação feito em seu outro Volks, aceitou o desafio de imediato e topou dar toda a assistência necessária no tocante a compra dos itens, além, é claro, de deixar a imaginação do restaurador correr solta.